Essa tua moldura te caí bem
Enfeitada com rosas me fez refém
Cravou tuas lembranças no meu travesseiro
Para eu não te esquecer
Exalo teu cheiro não consigo viver
Sem o exagero ao ouvir tua voz
Despertas em mim algo tão feroz
Que devora as palavras espalhadas
Sobre o teu corpo nu
A noite está pálida
Me fazes tocar o céu
Poesia azul
Obra de arte interna
Alma pura, sem guerras
Me despiu sem esforço
Toque, gemido, sexo, fogo
Imploro mais um pouco
Saciar de novo
Incendeia este corpo
Com um beijo
Desfaz a armadura moldurada nesses olhos negros
Recordo como se fosse hoje
Pele negra quarta-feira
Atrapalhado, não te levei flores
Eu te trouxe verdades e poemas
Que escrevi na noite que te conheci
Eu nem dormi, eu juro, eu nem dormi
Teu jeito singelo me fez calar
Em meio a tanta fala em meu coração
Chuva na madruga
Misturei café, caneta e som do trovão
Te fiz canção e fui cantar
Ô lua, traz ela pra mim
Toda nua, estava ela a dormir
Sou pintura, preciso de ti
És moldura, somos encaixe